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(1) L'industria italiana ha pure prodotto e produce apparecchi del genere

Nel documento Cronache Economiche. N.100, Aprile 1951 (pagine 27-34)

Fio. « Agitazione ultrasonora del liquido contenuto nella provetta, mediante immersione di Questa nel liquido

di trasmissione, sopra un deflettore metallico. v i t a z i o n e ; in q u e s t o caso si p a s s a da u n a

c o n d i z i o n e s t a b i l e a d u n a m e n o stabile. T u t t a v i a l ' e m u l s i o n e p u ò essere r e s a n o -t e v o l m e n -t e s-tabile, se le g o c c i o l i n e dei liquidi usati sono s u f f i c i e n t e m e n t e piccole. A n c h e con m o l t i e l e m e n t i m e t a l l i c i sono s t a t e f a t t e d i s p e r s i o n i in a c q u a , in alcool e in olio. Il p r o b l e m a d e l l e e m u l s i o n i è t u t t a v i a a l q u a n t o c o m p l e s s o , né s e m p r e si possono f a r e p r e v i s i o n i s i c u r e sui r i s u l -tati di d e t e r m i n a t i t r a t t a m e n t i .

A g e n d o sui m e t a l l i f u s i all'inizio della solidificazione, si p u ò i n f l u e n z a r n e la s t r u t t u r a c r i s t a l l i n a r i s u l t a n t e a solidifi-c a z i o n e r a g g i u n t a , m e n t r e i gas insolidifi-clusi v e n g o n o l i b e r a t i , in m o d o da m i g l i o r a r e la q u a l i t à d e l g e t t o e r i d u r r e gli scarti di f u s i o n e . N e l caso d e l l e s o s p e n s i o n i di p a r t i c e l l e solide in u n l i q u i d o è d i f f ì c i l e p r e v e d e r e il r i s u l t a t o d e l l a i r r a d i a z i o n e u l t r a s o n o r a , p o t e n d o s i a v e r e o u n a d i s p e r s i o n e o u n a c o a g u l a z i o n e con c o n s e g u e n t e p r e c i p i t a -zione.

N e l caso d e l l e s o s p e n s i o n i nei gas, t a n t o i l i q u i d i q u a n t o i solidi t e n d o n o ad a d e

-Applicazioni chimiche. — M e d i a n t e gli

u l t r a s u o n i è stato possibile d e p o l i m e r i z -zare m o l e c o l e a c a t e n a l u n g a , a c c u m u l a r e e c o a g u l a r e p r e c i p i t a t i in seno ai liquidi, p r o d u r r e sospensioni colloidali. N e l c a m p o f o t o g r a f i c o si sono o t t e n u t e e m u l s i o n i p i ù s t a b i l i ed o m o g e n e e di sali d ' a r g e n t o e di g e l a t i n e : le p e l l i c o l e sono r i s u l t a t e a g r a n a p i ù fine. L ' o s s i g e n o disciolto n e l l ' a c q u a p r o d u c e piccole q u a n t i t à di a c q u a o s s i g e n a t a ; lo ioduro di potassio si p u ò t r a s f o r m a r e in iodio p u r o ; v a r i e s o s t a n z e c o l o r a n t i so-lubili in a c q u a possono v e n i r e ossidate; il c l o r u r o m e r c u r i c o , in p r e s e n z a di ossa-lato d ' a m m o n i o , p r o d u c e u n p r e c i p i t a t o di c l o r u r o m e r c u r o s o . P a r e t u t t a v i a che ci siano m o l t i s s i m e a l t r e possibilità, n o n a n c o r a s u f f i c i e n t e -m e n t e s t u d i a t e .

Effetti biologici. — E ' stato constatato

c h e i protozoi, i b a t t e r i ed altri m i c r o o r -g a n i s m i v e n -g o n o t u t t i i n f l u e n z a t i dalle v i b r a z i o n i u l t r a s o n o r e . P a r e d e f i n i t i v a -m e n t e a c c e r t a t a la d i s t r u z i o n e di b a t t e r i

e v i r u s : l'entità di questa distruzione di-pende dall'intensità della r a d i a z i o n e e dal mezzo in cui sono sospesi i m i c r o o r g a n i smi; t u t t a v i a gli effetti non sono tanto r a -pidi da potersi p a r a g o n a r e a q u e l l i ottenuti p e r v i a t e r m i c a . P e r t a n t o gli u l t r a -suoni p o t r a n n o p r o b a b i l m e n t e a f f e r m a r s i soltanto in q u e i casi in cui il m a t e r i a l e da s t e r i l i z z a r e n o n s o p p o r t a e l e v a t e t e m -p e r a t u r e .

In p a r t i c o l a r e le c e l l u l e dei f e r m e n t i p e r d o n o la r i p r o d u c i b i l i t à ; i b a t t e r i l u m i nosi non p r o d u c o n o p i ù l u c e ; altri b a t teri v e n g o n o p e r contro s t i m o l a t i ad a u -m e n t a r e la p r o p r i a a t t i v i t à e v i r u l e n z a .

R i c e r c h e r e c e n t i h a n n o m o s t r a t o c o m e gli u l t r a s u o n i a c c e l e r i n o la s e p a r a z i o n e degli « anticorpi » dalle c e l l u l e p a t o g e n e e c o n s e n t a n o la f o r m a z i o n e di estratti dal bacillo del tifo e dallo s t r e p t o c o c c o e m o -litico. N e l latte v i e n e r i d o t t a la cosiddetta « r e a z i o n e c o a g u l a t r i c e » ed a u m e n t a così la sua d i g e r i b i l i t à .

G l i u l t r a s u o n i v e n g o n o p u r e usati p e r l i b e r a r e sostanze c h i m i c h e c o m e le e n d o tossine, gli enzimi, i p o l i s a c c a r i d i e l ' e m o -globina.

Indice delle principali applicazioni degli ultrasuoni

— M i s u r a delle p r o p r i e t à elastiche e dis-s i p a t i v e dei dis-solidi.

— D e t e r m i n a z i o n e di t a l u n e p r o p r i e t à fìsiche dei liquidi e dei gas.

— m e s c o l a m e n t o di m e t a l l i p o l v e r i z z a t i n e l l a p r o d u z i o n e di utensili di c a r b u r o c e m e n t a t o ;

— r i s c a l d a m e n t o dei m a t e r i a l i che assor-b o n o gli u l t r a s u o n i ;

— m o v i m e n t o di p a r t i c e l l e v e r s o i nodi dei sistemi di onde s t a z i o n a r i e ; — p e r f o r a z i o n e del v e t r o con un pezzo

di v e t r o ; — m e s c o l a m e n t o di m e t a l l i f u s i p e r la p r o d u z i o n e di l e g h e ; — p r o d u z i o n e di m e t a l l i a g r a n a fine; — a u m e n t o d e l l a v e l o c i t à n e l r a f f r e d d a -m e n t o e n e l l ' i n d u r i -m e n t o u n i f o r -m e d e l l ' a c c i a i o ;

— l i b e r a z i o n e d e l l e inclusioni gassose dai m e t a l l i f u s i ; — a u m e n t o d e l l a v e l o c i t à di solidificazione d e l l o s t a g n o f u s o e d e l l ' a l l u m i -nio; — flocculazione di p a r t i c e l l e sospese o di bolle d ' a r i a nei l i q u i d i ; — r o t t u r a dei cristalli di s u l f a t i a z o l o , p e r a u m e n t a r n e la v e l o c i t à di r e a z i o n e ; — a c c e l e r a m e n t o di r e a z i o n i c h i m i c h e ; — t r a s f o r m a z i o n e di c o m p o s t i c h i m i c i ; Fig. 8 — Vene rli « cavitazione » nell'acqua irradiata con ultrasuoni, molto intensi (durata dell'illuminazione

per la fotografia: ifjLsec.).

) A

— attivazione delle reazioni di ossida-zione; — e m u l s i o n a m e n t o di olio e acqua; — e m u l s i o n a m e n t o di m e r c u r i o e acqua; — dispersione di un m e t a l l o da un catodo d u r a n t e l'elettrolisi (fabbricazione di catalizzatori);

— distribuzione delle emulsioni f o t o g r a -fiche;

— o m o g e n e i z z a z i o n e del latte;

— e m u l s i o n a m e n t o dei c o m p o n e n t i per p r o d u r r e in modo più u n i f o r m e il g e -lato alla c r e m a , la m a i o n e s e e altri cibi;

— a c c e l e r a m e n t o n e l l ' i n v e c c h i a r e v i n i e spiriti;

— t r a t t a m e n t o delle sostanze plastiche per la confezione d ' i n d u m e n t i ; — t r a t t a m e n t o del colore per r i d u r n e il

t e m p o di essiccazione;

— t r a s f o r m a z i o n e d e l l ' a m i d o in destrina; — d e c o m p o s i z i o n e delle g o m m e e della

g e l a t i n a ;

— s v i l u p p o di anticorpi, f a c e n d o l i b e r a r e gli antigeni dai g e r m i f r a n t u m a t i ; — stimolazione "o distribuzione di batteri

nei prodotti a l i m e n t a r i ;

— a u m e n t o d e l l a v i r u l e n z a di b a t t e r i ; — d i s i n t e g r a z i o n e delle cellule per l i b e

r a r e enodotossine, enzimi, p o l i s a c c a -ridi ed e m o g l o b i n a in condizioni aset-tiche;

— t r a t t a m e n t o e f f i c a c e d e l l a sciatica e d e l l ' a s m a .

B I B L I O G R A F I A

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l e t t e r e O L T R E C O N F I N E

Barcellona, aprile 1951.

Ciò che u n o straniero deve conoscere della Spagna è innanzi tutto il modo di viaggiare, poi l'indole degli abi-tanti; il resto vien da sè col contatto quotidiano con la vita spicciola spagnola tanto in una capitale del nord che in una delle linde città del sur. Le sfumature si acquisiscono a poco a poco, naturalmente. Però ciò che della Spagna si viene a sapere, ciò che s'impara, vale per sempre; sostanzialmente la situazione del Paese è sempre la medesima chè la fortuna e la sfortuna del popolo spagnolo non differiscono nel tempo ma, immu-tate, intaccano con intensità costante e l'attività econo-mica e ogni altra manifestazione collettiva. L e piccole variazioni non contano poiché quelle in miglioramento sono immediatamente seguite da regressi e peggioramenti più o m e n o evidenti; lievi variazioni attorno alla media, media attuale che è la media di ieri, la media di sem-pre. Infatti, per esempio, un orario ferroviario del '45 vi può ottimamente servire anche oggi, aprile 1951.

Nulla è cambiato; sempre le solite basse velocità di marcia, le solite interminabili fermate e il solito servi-zio rarefatto. Nessun profondo incremento positivo, per quanto necessarissimo, viene attuato: tra Barcellona e Madrid, ad esempio, dal dopoguerra ad oggi non sono

state immesse nuove coppie di treni. L'Amministrazione della R.E.N.F.E. ( R e d Nacional de los Ferrocarriles), procede lenta come i suoi treni: il suo bilancio econo-mico-tecnico non quadra mai. Le ferrovie spagnole sof-frono di una crisi, la crisi del finanziamento, che è la medesima che grava su tutte le attività economiche della Spagna.

Per viaggiare in Spagna occorre avere in sè, per pri-ma cosa, un importante elemento: la pazienza, una gran-de santa pazienza, e poi non aver fretta.

N o n pensate menomamente di potervi muovere da un punto all'altro del Paese così semplicemente e tem-pestivamente come si può fare in Italia o in qualsiasi altro paese civile; no, per le linee aeree della lberia occorrono settimane di anticipo per la prenotazione dei posti; per il buque e il coche un po' meno. Per la fer-rovia sono necessari due o tre e, a volte, più giorni di

antelación, anche se per la prenotazione del posto vi rivolgete ad agenzie turistiche.

Q u i quasi tutti i treni sono a plazos limitados, a posti limitati, e, c o m e universalmente noto, quando un qual-siasi bene o servizio viene contingentato nasce, vive e fio-risce a lato un poderoso ed organizzato bagarinaggio.

(In alto) Le eterne insegne della Spagna: la Croce, i grandi Casati e'ia... carretta. — (In basso) Nel sur le città assumono il tipico aspetto tropicale.

Così in Spagna si opera sui biglietti ferroviari el

estra-perlo, la borsa nera, come pel pane, i tabacchi, i for-maggi, il riso e tantissimi altri generi alimentari.

I treni spagnoli hanno nomi roboanti ma fanno una meschina figura se a lato di essi si cita la relativa velo-cità di marcia. Tranne il super-espreso de lujo, che porta soltanto vagoni-salone e vetture di prima classe extra e non viaggia alla domenica, tutti gli altri treni hanno velocità modeste: i rapidi quella di 55 chilometri orari, l'espreso quarantotto k m / h e i treni normali, corri-spondenti ai nostri diretti, hanno velocità orarie di tren-tacinque chilometri. I correos e i ligero, infine, seguono un'andatura di poco superiore ai trenta chilometri orari e qualche volta inferiore. Questi ultimi sono impiegati per lo più fra città di secondaria importanza specie nel-l'Andalusia.

C h e la bassa velocità sia un ostacolo non indifferente per il buon andamento dei trasporti di persone e cose è senza dubbio vero ma un altro ostacolo assai grave deriva dalla scarsa frequenza delle corse anche sui prin-cipali percorsi nazionali.

Tra le grandi città tra Madrid e Barcellona, tra Bar-cellona-Zaragoza e Bilbao, tra Barcellona e Valencia, ad esempio, viaggiano una o al massimo due coppie di treni giornalieri, gli altri circolano solamente il lunedì, mer-coledì e venerdì all'andata e il martedì, giovedì e sa-bato al ritorno o viceversa.

N o n basta, questi treni a volte portano prima e se-conda classe solamente, a volte solo la sese-conda e la terza o la prima e la terza classe. I treni di lusso solo la butaca.

Se nei treni a posti limitati v e ordine e calma e si è certi di tornar asiendo, di sedersi, sugli altri a posto libero la confusione è molta sia in terza che in seconda classe (la prima non esiste). La folla gremisce i vagoni vec-chi e scricvec-chiolanti e sopporta con rassegnazione, direi quasi con allegria, l'andirivieni di un nugolo di vendi-tori ambulanti di gazose, di meloni, di acqua, ecc.

Questo accade normalmente sui treni del sud che per-corrono l'Andalusia tra Sevilla, Marcena, Camporeale, La Roda, Moreda, Granada, ecc.; sui treni che traspor-tano centinaia di improvvisati commercianti, sui treni della miseria.

Fra il vociare animato dei passeggeri, quasi tutta po-vera gente che trasporta alle città qualche sacchetto di

}interina de trigo, farina di frumento, di garbanzos, ceci, di avena ed altri cereali, si alza con intermittenza il grido hay agua, ay agita fria. Per pochi centesimi di pesetas di propina, mancia obbligatoria, vi vengono of-ferti bicchieri di acqua fresca, di quell'acqua tanto scarsa e perciò tanto preziosa in quelle contrade, dell'elemento la cui insufficienza deprime irrimediabilmente l'econo-mia agricola spagnola ed anche quella industriale.

A fornire acqua ai caselli, ai raggruppamenti di ca-supole o di cuevas che sorgono ogni tanto lungo la fer-rovia ci pensa il buon fochista che cortesemente ferma il treno, svuota negli appositi recipienti predisposti dalle massaie l'acqua contenuta nel tender, si intrattiene cor-dialmente con esse, poi riparte.

E' inutile dire che c'è tutto il tempo per valutare a fondo la propria pazienza e considerare la pazienza come la principale virtù dello spagnolo.

Gli spagnoli infatti non si lamentano di questo disa-gevole stato di cose, anzi a volte assumono spontanea-mente la difesa dell'amministrazione centrale annotando con cura tutte le cause che non hanno permesso finora un radicale miglioramento. Nel giro di pochi anni — essi dicono — tutta la red avrà doppio binario e fornirà servizi perfetti. Molte speranze, troppe illusioni.

D o p o aver imparato a viaggiare in ferrocarril, attar-datevi a conservare il carattere dello spagnolo, vi ser-virà per meglio comprendere il perchè dell'infelice si-tuazione di questo Paese.

Per lo spagnolo l'abitudine è compagna di carattere alla pazienza e 1 abitudine più evidente nello spagnolo è quella di battere le mani sia durante il fantasioso ballo di una sardana o di un energico flamenco, che per ri-chiamare l'attenzione del mozo al bar o quella di un

camarero al ristorante. La battuta di mano serve sempre, di giorno e di notte. A qualsiasi ora della noche serve

La mezquita di Cordoba.

La l'irgen de la Esperanza Trianera de Sedila.

per chiamare il sereno che vi apre il portone di casa. In Spagna pare che non si conosca l'uso delle chiavi individuali; solo il sereno, uno per ogni isolato o gruppi di isolati a seconda del quartiere più o meno elegante, ne è fornito abbondantemente, tante che il suo avvici-narsi è rumorosamente segnalato oltre che dal picchiare della mazza ferrata sul selciato anche dal tintinnare dei grimaldelli. Io credo che l'istituzione del sereno, risa-lente all'epoca medioevale, venga oggigiorno mantenuta al solo scopo di alleviare la disoccupazione. Mille chiavi si costruiscono in un giorno; qualche migliaia di uomini, in Spagna, non si occupa facilmente.

L'uso della battuta di mani continua, serve ancora per le ovación ai capi, al Caudillo, forse anche in que-sto caso è solo questione di abitudine.

Per chiedere i servizi di un limpiabotas, di un lustra-scarpe, non occorre battere le mani; i limpiabotas sono numerosissimi, si presentano da sè in ogni momento del giorno e della tarde.

Siete seduti al caffè a bere una cerveza peravena o una birra di qualsiasi altra marca, un'orzata di chnfa, della leche fria, un licor Calisay o altro, non fate in

Aspetto caratteristico di una città del Nord.

tempo a terminare la consumazione che già due o tre

limpiabotas vi si sono avvicinati per offrirvi i loro ser-vizi nonostante che le vostre scarpe siano state lucidate qualche istante prima.

Avere le scarpe brillanti dev'essere un punto d'onore degli spagnoli.

Ignorando le abitudini locali, da principio vi sotto-porrete più volte alla lucidatura delle vostre scarpe, tanto costa poco; poi risponderete con noia no, no occurre,

muchas gracias, infine adeguandovi alle consuetudini lo-cali non vi farete più caso e vi comporterete come un vero spagnolo: non darete alcuna risposta. I limpiabotas vi si fermeranno dinanzi per qualche istante poi si al-lontaneranno per ripetere la stessa tacita offerta agli altri avventori e a tutti coloro che per qualsiasi motivo si

trovano seduti sia nei bar che nei ristoranti o sulle pan chine della pubblica via.

Se capitate qui, a Barcellona, e, c o m e naturale, pas-sate per le ramblas di Santa Monica, del centro, di San

José, de los estudios, de los flores e de canaletas, e fate

un giro per la pldza cataluna, in breve, nei luoghi ove fluisce il paseo dei barcellonesi, luoghi corredati da filari di sedie a pagamento, potrete contare entro poco tempo sino a mille i limpiabotas che circolano.

Se le sopraccennate impressioni personali sulla situa-zione delle ferrovie, sulla numerosità dei borsaneristi e sull'esistenza dell'estraperlo parzialmente tollerata dal governo, già delineano sufficientemente la precaria intol-lerabile situazione economica spagnola, le poche cifre che cito in seguito configurano in sintesi gli effetti ne-gativi dei provvedimenti dirigistici adottati in una terra povera e sovrapopolata.

La popolazione della Spagna aumenta rapidamente con un tasso assai elevato che non trova un corrispet-tivo adeguato nell'aumento dei mezzi di sostentamento e nell'aumento della produzione dei beni di consumo. Nonostante le varie opere pubbliche promosse dallo Stato la disoccupazione dilaga sempre più; le attività commerciali ed industriali sono ridottissime e l'agricol-tura è in crisi continua per la persistente siccità.

Poiché il terreno irriguo della Spagna rappresenta solo il 2,5 % del terreno coltivabile è evidente che i raccolti dipendono in massima parte dalle piogge. Il 1950 è stato un anno estremamente secco. Le precipitazioni, indicate in mm. annui, sono state al disotto della media dei primi trentanni di questo secolo. Il ciclo vegetativo dei cereali ha sofferto nel mese di aprile dello scorso anno profonde alterazioni a causa dei forti venti gelati, in quel mese particolarmente intensi. La mancanza assoluta di piog-gia sino al 15 maggio, preoccupò talmente da far cre-dere nella perdita totale del raccolto. Le speranze si risol-levarono al cadere delle prime rade piogge verso la metà dello stesso mese, ma vennero presto frustrate dai forti calori del giugno che, ad esempio, soffocarono il fru-mento nel periodo di maturazione. La Spagna è conti-nuamente sotto l'assillo di come provvedere al fabbiso-gno di grano; vive alla giornata trepidando in attesa di una risposta positiva dai paesi ai quali ha rivolto acco-rati appelli per i prestiti di grano e di denaro.

Questi elementi incidentali rendono evidente la tre-menda incertezza cui sono sottoposti gli agricoltori, quasi tutti dediti alla coltivazione su terreno secagno.

La stessa produzione d'olio d'oliva, che essendo

mo-neta mediterranea dovrebbe costituire un settore basilare per il commercio estero, soffre di una profonda crisi. La produzione del 1950 è stata calcolata in 330 mila ton-nellate per tutta la superficie dedicata alla coltivazione • U H

dell'ulivo (2,1 milioni di ettari). Poiché il consumo in-terno per abitante è molto elevato, 12 chilogrammi an-nui, si ha un consumo totale annuo di 233 mila tonnel-late di modo che il margine per l'esportazione è ridottis-simo e, contrariamente a quanto generalmente si crede, supera appena il 7 per cento del raccolto. Eppure la Spagna ha bisogno di esportare il massimo volume di prodotti per fare pareggiare la bilancia commerciale anche in futuro, quando le importazioni di materie prime, dei macchinari e dei beni di consumo necessari, verranno incrementate. La politica autarchica sinora attuata non ha dato buoni frutti ma ha segnato enormi perdite finan-ziarie che incidono sul bilancio dello Stato e non ha creato neppure i presupposti per uno sviluppo adeguato del lavoro commerciale ed industriale. Il commercio in-terno spagnolo è il commercio del rigattiere; le stesse cose, gli stessi beni passano per svariate mani, sono ven-duti, comperati, rivenduti e ricomprati diecine di volte; si crea così una parvenza di attività accompagnata da un illusorio aumento del reddito nominale individuale, ma il reddito totale reale si mantiene inferiore a quello degli anni 1929, '30, '31 ecc.

La renta nacional nominai spagnola ammontava nel 1949 a 113,811 miliardi di pesetas attuali contro i 25,213 miliardi del 1929. La renta real, calcolata in pesetas del

1929, nel 1949 ammontava a 23,650 miliardi. Il reddito nominale calcolato per abitante ammontava, sempre nel 1949, a 4,080 pesetas attuali contro 1092 del '29, mentre quello reale per abitante corrispondeva nel '49 a 848

(pe-setas del 1929). La variazione tra i redditi riferentesi agli anni sopra citati si fa più rimarchevole se si considerano i valori calcolati per individuo attivo, contro 2896 del

1929 del reddito nominale si hanno 11.393 in pesetas attuali e 2.356 in pesetas del '29 (reddito reale).

A n c h e l'indice generale della produzione di questi ultimi anni è risultato inferiore a quello degli anni

pre-^r MILIONI

26

1936 40 11 '42 '« U 45 46 47 4e 1950

1600 1650 1700 1750 1800 1350 1900 1950

cedenti la guerra civile: posto come base 1 9 2 9 = 1 0 0 , nel 1932 era 102,1, nel '34 103,7 invece nel '47, '48, '49 era rispettivamente 97,0; 95,8; 93,8.

U n notevole incremento viene invece segnato dall'at-tività turistica spagnola. Nel 1950 sono stati concessi 491.820 visti di entrata in Spagna. In primo luogo fra i turisti vanno segnati i francesi con 188.048 persone, al secondo posto il Portogallo con 68.949, al terzo posto la Gran Bretagna con 43.687. Il numero dei visti di entrata per i cittadini degli Stati Uniti è stato nel 1950 di 23.733, Svizzera 15.120, Italia 10.634, Brasile 5.706, Ar-gentina 4.710, C u b a 4.654, 25 jugoslavi, 371 svedesi, 50 rumeni, 16 bulgari e 16 russi. 75.293 spagnoli esistenti al-l'estero e 1867 esiliati politici hanno avuto, nel 1950, l'au-torizzazione per rientrare in Patria. Questa corrente turi-stica ha avuto un benefico effetto per il Paese in quanto, sia pure in m o d o limitato, sono rientrati in Spagna quan-tità notevoli di pesetas che ne erano uscite illegalmente, durante gli anni precedenti. M a il problema principale, come abbiamo detto, n o n è evidentemente quello di au-mentare la circolazione monetaria interna, ma di rinsan-guare con valuta pregiata le casse dello Stato. C o n questa mira il G o v e r n o spagnolo tenta ora tutte le vie possibili per giungere a degli accordi con la Banca Internazionale, da cui ha già ricevuto ingenti prestiti, e con le altre

orga-nizzazioni internazionali. M x

CUCINA SOTTO ZERO

Nel documento Cronache Economiche. N.100, Aprile 1951 (pagine 27-34)

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