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JUNTO AO P. RUA ENTRE 1903 E 1910

Nel documento PADRE PAULO ALBERA (pagine 85-95)

1903-1907

Em Turim retomou seu trabalho depois de poucos dias de descanso.

Em maio participou do Terceiro Congresso dos Cooperadores. Levou a saudação dos cooperadores da América e fez uma relação sobre sua longa viagem. O Boletim Salesiano sintetiza assim seu discurso: “O P. Albera traz a saudação dos cooperadores da América. Narra as viagens feitas em

doze Repúblicas, e o que viu com seus olhos no outro lado do oceano...

Ele descreve alguns episódios que lhe aconteceram ao atravessar aqueles espaços intermináveis, visitando as casas salesianas e os frutos abundantes que se recolhem naquelas regiões distantes para a glória imortal de Dom Bosco...

Com palavras simples, mas escolhidas, segue passo a passo o caminho da obra salesiana... Fala dos efeitos produzidos entre aqueles povos para o reflorescimento da piedade: desde os indígenas, que deposta a antiga fero-cidade, sob a direção das irmãs de Maria Auxiliadora realizam trabalhos ao modo dos europeus, até os leprosos, em Agua de Dios, a cidade da dor, onde se assiste à decomposição do próprio corpo antes de morrer. Narra episódios tocantes e heroísmos que somente uma graça divina pode levar a operar, até o de pedir como suma graça poder viver e morrer entre aqueles leprosos. Explode um longo aplauso quando narra a respeito do missio-nário Evásio Rabagliati, que consagrou a própria vida a essa obra”.1)

No dia 17 de maio de 1903 celebrou-se a coroação de Nossa Senhora Auxiliadora. O P. Albera escreveu no seu diário: “Grande dia!... Foi realmente um triunfo da devoção de Maria Auxiliadora. Assisti as funções de igreja e passei momentos deliciosos”. Nos dias seguintes representou o P. Rua em Lombriasco e em Lanzo Torinese para as celebrações em honra de Maria Santíssima. Depois vieram os meses dos exercícios espirituais:

“Como Diretor Espiritual da nossa Pia Sociedade tenho o dever particular de rezar pelo bom êxito dos exercícios espirituais”, escreveu.2) Pôs-se total-mente à disposição para as longas horas de colóquio com os retirantes, a ponto de sua saúde se ressentir. Em dezembro foi obrigado a retirar-se para a casa salesiana de Mathi a fim de refazer as forças.

Retomou as visitas canônicas em fevereiro de 1904. Antes visitou as casas do Piemonte, depois foi a Roma, onde no dia 11 de abril participou da Missa do Papa Pio X, animada por um coro de mil seminaristas. Em seguida viajou até Caserta, Nápoles e Messina. Na Sicília permaneceu um mês visitando todas as obras dos Salesianos e das irmãs. O P. Argeu Mancini, que naquele ano era noviço, narra: “Foi então que eu tive uma das mais belas impressões.

O P. Albera fora afetado por um terrível reumatismo no braço direito, que lhe causava fortíssimas dores e que lhe imobilizou o braço. Naquela ocasião admirei a sua paciência. Ele quis assim mesmo sair de São Gregório,

1 BS 1903, 165.

2 ASC B0320106, Notes usefull…, 17.05.1903; 9.08.1903.

Junto ao P. Rua entre 1903 e 1910 85

onde se encontrava, para continuar a dar um giro pelas casas; mas o braço continuava a doer-lhe terrivelmente... Nessa circunstância e em outras pude compreender que a sua piedade, que parecia conferir-lhe um aspecto rígido que me tinha impressionado no começo, não lhe impedia a familiaridade nas conversas e a manifestação de sua extrema bondade...!”.3) Depois de São Gregório visitou Bronte, Randazzo, Siracusa, Palermo, San Giuseppe Jato, Marsala. Daí passou a Túnis e finalmente a Marselha. Em seguida voltou a Turim no dia 1º de julho.

Em agosto estava em Sampierdarena para acolher Dom Calgliero e acompanhá-lo até Turim por ocasião do décimo Capítulo Geral. Naqueles dias o P. Rua não estava bem. O para Albera escreveu no diário: “O nosso superior P. Rua etá doente: ofereço a minha vida para que ele obtenha a saúde”. O superior se refez e pôde participar do Capítulo, que foi celebrado em Valsalice de 23 de agosto a 13 de setembro de 1904. No dia 24 de agosto o P. Albera foi confirmado no cargo de Diretor Espiritual Geral. Naquela noite anotou: “Fui reeleito Diretor Espiritual como antes. Mas não posso me alegrar com esta eleição; aliás, sinto pena porque tenho consciência de toda a minha incapacidade”.4)

Depois do Capítulo Geral foi enviado à França, porque se temia o açam-barcamento de outras obras por parte do governo. Na volta retomou a visita canônica às casas salesianas: esteve em Verona, Gorizia, na Áustria e na Polônia; retornou a Turim no dia 10 de dezembro.

Sua saúde tinha piorado a ponto de nos inícios de fevereiro dee 1904, por ordem do P. Rua, ter que transcorrer um mês no clima suave de Marselha.

Voltou na metade de março, pouco aliviado. Sentia forte dor de estômago.

Por obediência aceitou ir tratar-se em Recoaro. De lá visitou as casas do Vêneto. Voltando ao Piemonte, na segunda metade de setembro, transfe-riu-se a Mathi para continuar as terapías. Incomodava-o essa inatividade forçada. Escreveu à senhora Olive: “Agradeço as orações que fez pela minha saúde. Agora estou melhor. Mas preciso que Deus me conceda a graça de poder trabalhar um pouco para sua glória e para o bem das almas. Até agora não fiz nada. O que haverei de apresentar ao seu tribunal?”.

No dia 6 de janeiro de 1906 acompanhou até Sampierdarena os missio-nários que deviam zarpar. Entre eles se encontrava seu ex-aluno de Marselha, o P. Ludofico Olive. Depois permaneceu na França até a metade de março. Entre agosto e setembro, graças à melhora do seu estado físico,

3 Garneri 229.

4 ASC B0320106, Notes usefull…, 24.08.1904.

pôde participar de vários turnos de exercícios espirituais. No di 23 de agosto, na conclusão do retiro de Lanzo, deixou aos irmãos as seguintes três lembranças: “1. Amor à vocação e à Congregação. 2. Cuidar da nossa perfeição. 3. Zelo pela salvação das almas”.

No final dos exercícios reservados aos Diretores, no dia 1º de setembro, recomendou-lhes: “Recordai-vos que somos religiosos; que somos sacer-dotes; que somos filhos de Dom Bosco”.5) Na segunda metade daquele mês foi enviado a Paris em apoio ao P. Bologna para resolver os problemas daquela inspetoria. Visitou também as obras da Bélgica. Transcorreu os últimos meses do ano em Turim e pôde prestar-se ao ministério pastoral em favor dos jovens de Valdocco e de outras casas.

Os últimos três anos como Diretor Espiritual Geral foram os mais cansa-tivos. A saúde continuava a atormentá-lo, a ponto de pensar que já estava próximo da morte. No dia 1º de janeiro de 1907 escreveu no seu diário:

“Este ano, que pode ser o último da minha vida, deveria ser empregado em fazer o bem para a glória de Deus e a salvação da minha alma. Para isto, tomei as seguintes resoluções: 1. Este ano será consagrado de modo especial ao Sagrado Coração de Jesus. 2. Terei continuamente diante dos olhos o pensamento da morte. 3. Aceito desde hoje o tipo de morte que Deus quiser que eu tenha. 4. Aceito desde hoje os sofrimentos que Deus quiser me mandar e todas as penas que Ele julgar que serão úteis para mim.

5. Prometo praticar melhor a humildade, a caridade, a mortificação e todas as virtudes que convêm a um religioso e a um sacerdote”.6)

Sofreu também pela morte de pessoas queridas. O primeiro foi o P.

Bologna, falecido repentinamente no dia 4 de janeiro enquanto se encon-trava em Valdocco: “Sofri muitíssimo porque amei muitíssimo este irmão, com quem passei muitos anos na França”. Poucos dias depois expirou uma senhora da família Olive, por ele dirigida espiritualmente. Nos inícios de março morreram, em poucas horas de diferença, dois irmãos do P.

Gusmano: um deles era Diretor do colégio de Messina. No dia 27 de março foi a vez do P. Celestino Durando, membro do Conselho Superior e seu companheiro desde menino. Ficou profundamente emocionado: “Creio que o próxomo sepultamento que haverá no Ortório será o meu!”.7)

Nesse meio tempo o P. Rua lhe confiou o encargo de escrever uma carta circular sobre a pobreza. Aplicou-se a essa tarefa inspirando-se no

5 ASC B0320107, Notes usefull…, 23.08.1906.

6 ASC B0320107, Notes usefull…, 1.01.1907.

7 ASC B0320107, Notes usefull…, 4.01.1907; 27.03.1907.

Junto ao P. Rua entre 1903 e 1910 87

livro de Dom Carlos Luís Gay, Da vida e das virtudes cristãs vividas no estado religioso. Terminou a redação no dia 27 de janeiro e a apresentou ao Reitor-Mor. “O P. Rua foi muito indulgente para com o meu pequeno trabalho: aceitou-o com satisfação e me agradeceu. Mas eu sei como é fraca a minha conferência na sua substância, na forma e no sentimento: outros teriam sabido fazê-la muito melhor do que eu”.8) A carta sobre a pobreza, assinada pelo P. Rua no dia 31 de janeiro dee 1907, foi enviado aos irmãos no dia 13 de fevereiro.9) É considerada uma das circulares mais importantes.

Esse encargo deixou-o confortado, pois ele tinha na cabeça a ideia de que o P. Rua não estivesse contente com seu trabalho. Não sabemos o motivo dessa percepção, talvez devida a um simpes mal-entendido, ampliado pela situação de fragilidade em que se encontrava. Confidenciou-se com o P.

Barberis e este conseguiu convencê-lo de que não havia motivos para se afligir. Pedia insistentemente a Deus que dissipasse esse mal-entendido.

A situação se resolveu. Aquele foi para ele um dos períodos mais duros.

Considerou-o uma purificação por parte de Deus.

No dia 23 de julho de 1907 o Papa proclamou Dom Bosco venerável. A alegria dos Salesianos foi grande, mas de breve duração. Pocuos dias depois, de fato, explodiu um escândalo calunioso contra o colégio de Varazze. O P.

Ceria fala disso como de uma maquinação diabólica, destinada a demolir a Congregação Salesiana. Eram gravíssimas as acusações de imoralidade, totalmente inventadas. A notícia dos “fatos de Varazze” foi maliciosamente inflada pelos jornais anticlericais. A autoridade judiciária decretou por algum tempo o fechamento da obra.

Num primeiro momento os Salesianos ficaram transtornados. Depois, apoiados por ex-alunos e amigos, reagiram, denunciaram a calúnia e pediram justiça. O tribunal reconheceu a total inconsistência das acusações;

todavia, nesse meio tempo tinham transcorrido meses difíceis. O diário do P. Albera reflete a dor do P. Rua, o espanto, a ansiedade de todos, a firmeza e a energia dos superiores maiores para a tutela do bom nome Salesiano.

Foram tomadas precauções. No dia 12 de agosto o Reitor-Mor o encar-regou de comunicar aos inspetores as decisões do Conselho Superior para evitar no futuro de dar qualquer margem a ataques desse tipo.

Apesar da tesmpestade daqueles dias, o P. Albera participou de todos os turnos de exercícios espirituais que era costume fazer entre o verão e o outono. Fazia um ano que substituía também o P. Carlos Baratta, superior

8 ASC B0320107, Notes usefull…, 27.03.1907.

9 LCR 360-377.

da Inspetoria Subalpina, ausente por enfermidade. Assim, participou dos encontros dos inspetores em Valsalice. Em outubro esteve na França para pregar retiros. Depois continuou até a Espanha, onde se celebravam gran-diosas festas em honra de Dom Bosco venerável.

1908-1910

Iniciou o ano de 1908 sempre em situação de saúde precária. Apesar disso, levou a termo todos os encargos que o P. Rua lhe tinha confiado.

Escreveu a circular que anunciava a próxima visita canônica extraordi-nária a todas as casas da Congregção por parte de delegados do Reitor-Mor.

Presidiu na França às festas em honra do venerável Dom Bosco. Visitou algumas casas do Piemonte e os Institutos de Parma, Bolonha e Pisa.

Pregou exercícios espirituais em Lanzo, Valsalice e Lombriasco. No dia 18 de outubro escreveu no seu diário: “Hoje faz cinquenta anos que cheguei ao Oratório. Penso com tristeza que não aproveitei das graças de Deus durante 50 anos!”. Naquele dia o P. Rua começou a sentir-se mal: “O P. Rua está doente. Rezo muito ao bom Deus para que lhe conceda saúde melhor para o bem da nossa Pia Sociedade”.10)

No dia 12 de novembro foi até sua terra natal para visitar os irmãos e rezar junto ao túmulo dos pais: “Vejo os meus irmãos: talvez seja a última vez que eu vejo toda a minha família”.11) Voltava-lhe novamente o pensa-mento do seu fim próximo, especialmente quando sofria do estômago que o atormentava muito depois do almoço e de noite.

No dia 28 de dezembro de 1908 um terrível terremoto em poucos segundos devastou as cidades de Messina e de Reggio Calabria. A imensa catástrofe causou mais de cento e vinte vítimas. No Colégio Salesiano de Messina morreram nove irmãos, trinta e nove rapazes e quatro operários.

O diário do P. Albera traduz o espanto e as preocupações daqueles dias:

a partida do P. Gusmano e do P. Bertello para a Sicília, o tamanho do desastre, o número de mortos.

O P. Rua enviou imediatamente um telegrama aos Bispos e aos Prefeitos das duas cidades devastadas: “Ansioso pela sorte dos meus irmãos e alunos da Calábria e da Sicília, penso em implorar sobre eles a bondade de Deus, abrindo novamente as portas dos meus Institutos aos jovens órfãos por

10 ASC B0320107, Notes usefull…, 18.10.1908.

11 ASC B0320107, Notes usefull…, 12.11.1908.

Junto ao P. Rua entre 1903 e 1910 89

causa do terremoto. Telegrafei a Catânia ao Inspetor Salesiano, P. Barto-lomeu Fascie, para que se ponha à disposição de V. E. e do Ex.mo Prefeito para providenciar às necessidades mais urgentes dos jovens que estão sofrendo...”.12)

Houve imediata mobilização de todos os Colégios Salesianos da Itália para acolher os órfãos. Na noite do dia 31 de dezembro, apesar das péssimas condições de saúde, o P. Rua desceu até o teatro de Valdocco para falar aos seus. Entre a comoção geral, leu o telegrama que tinha chegado poucas horas antes e que relatava com exatidão a respeito das numerosas vítimas do Instituto de Messina. Apresentou a estreia. O tom de voz, o tremer das mãos e toda a pessoa, a dor intensa que sentia no coração, fizeram profunda impressão no P. Albera e em todos os presentes. Entre os dias 4 e 5 de janeiro de 1909, no santuário de Maria Auxiliadora, foram celebrados ofícios fúnebres em sufrágio dos Salesianos, dos alunos, dos cooperadores defuntos e de tantas outras vítimas. O P. Rua, fraquíssimo, não pôde cantar a Missa Solene, como teria desejado. Durante a celebração permaneceu de joelhos, com o corpo e o rosto marcados pelo sofrimento. Estava para completar setenta e dois anos e notava-se a iminência do seu fim.

Nos meses seguintes o P. Albera ficou em Valdocco junto ao P. Rua, enfermo, para ajudar o Prefeito Geral, P. Felipe Rinaldi, na gestão dos assuntos mais urgentes. Apenas o superior se recuperou, foi a Roma. No dia 21 de abril representou o Reitor-Mor na tomada de posse do novo Pároco da basílica de Santa Maria Libertadora no Testaccio. Participou de beatificação de João Eudes, o apóstolo da devoção do Sagrado Coração.

Assistiu ao consistório no qual Pio X nomeou o Salesiano P. João Marenco Bispo de Massa.

No dia 1º de maio foi recebido em audiência privada pelo Papa e referiu-lhe a situação de saúde do P. Rua e a situasção da Congregação.

Continuou viagem até Nápoles e a Sicília. No dia 19 embarcou em Palermo rumo a Túnis, onde permaneceu até o dia 9 de junho. De lá foi para Marselha, para uma rápida visita às casas salesianas francesas. Voltou a Turim no dia 23 de junho, em tempo para participação da tradicional

“festa da gratidão” em honra do Reitor-Mor. Depois se dedicou à costu-meira pregação de exercícios espirituais.

No dia 22 de novembro de 1909 foi a San Benigno Canavese para as reuniões do Conselho Superior. Escreveu no diário: “A saúde do P. Rua não é nada boa”. Acompanhou-o de volta a Turim. “O P. Rua é sempre obrigado

12 BS 1909, 35.

a ficar acamado – anotou no dia 14 de dezembro –. Meu Deus, eu te peço, concede a saúde ao nosso Pai”. No último dia do ano anotou: “Passei um pouco de tempo examinando meu comportamento. Sinto grande vergonha em reconhecer que a minha piedade fica marcando passo. Veja que a minha caridade é muito imperfeita. Falto também à humildade. As decisões do ano passado ficaram infrutuosas. Meu Deus, tende piedade de mim!”.13)

O primeiro sucessor de Dom Bosco ia piorando gradualmente. Pareceu melhorar em janeiro de 1910. Mas em fevereiro recomeçou a declinar. Todas as cartas do P. Albera naquele período solicitam orações para o superior.

“Ele está gravemente enfermo – escreveu no dia 28 de fevereiro ao inspetor do Brasil. –. Hoje houve uma leve melhora, mas não é tudo o que o nosso afeto deseja. Espero que tenha recebido a última circular mensal em que são dadas notícias do querido enfermo. Informaremos novamente, e queira Deus que possamos dar notícias melhores. O P. Rua está calmo e sereno.

Seu comportamento na doença é o de um santo...”.14) Os médicos diagnos-ticaram uma “miocardite senil”, que exauria inexoravalemtne as energias do seu corpo. No dia 14 de março, sentindo que o fim se aproximava, pediu que se fizesse o inventário das estantes e das gavetas da sua escrivaninha.

No Domingo de Ramos o rosto e as mãos do P. Rua começaram a inchar. Depois de três dias pediu o viático para o dia seguinte. A Eucaristia foi levada na quinta-feira santa pelo Prefeito Geral, P. Rinaldi, precedido processionalmente por outros Salesianos. Antes de receber a hóstia, o P.

Rua falou aos presentes: “Nesta circunstância sinto o dever de dirigir-vos algumas palavras. A primeira é de agradecimento pelas vossas contínuas orações: muito obrigado, Deus vos recompense também pelas que fareis agora... Eu sempre pedirei a Jesus por vós...

Tenho muito a peito que todos nós nos tornemos e conservemos dignos filhos de Dom Bosco. Dom Bosco no leito de morte nos marcou um encontro: até logo no Paraíso! Esta é a lembrança que nos deixou. Dom Bosco fazia questão de querer no céu todos os seus filhos; por isso, reco-mendo-vos três coisas: grande amor a Jesus sacramentado; viva devoção a Maria Santíssima Auxiliadora; grande respeito, obediência e afeto aos pastores da Igreja, especialmente ao Sumo Pontífice. Esta é a lembrança que vos deixo. Procurai tornar-vos e ser dignos filhos de Dom Bosco. Eu não deixarei de rezar por vós...”.15)

13 ASC B0320108, Notes usefull…, 14.12.1909.

14 Garneri 241-242.

15 LCR 534.

Junto ao P. Rua entre 1903 e 1910 91

O P. Albera naqueles dias estava em San Benigno para a conclusão dos exercícios espirituais. Voltou a Turim e no dia 29 de março administrou a unção dos enfermos ao superior que estava morrendo. Várias vezes ao dia ia até o leito do enfermo para confortá-lo. No dia 2 de abril o P.

Rua lhe perguntou: “Depois da minha morte, onde vão me colocar?”. Ele respondeu bastante impressionado: “Oh, senhor P. Rua, nós não pensamos nessas coisas. Aliás, esperamos que o senhor possa sarar e fazer ainda um grande bem”.

O P. Rua continuou brincando: “Veja, eu lhe fiz essa pergunta porque não gostaria que no dia do juízo tivesse de procurar meus pobres ossos num lugar, ao passo que estão em outro, devendo girar muito para encon-trá-los!”. Na noite do dia 4 de abril o P. Rua mandou chamar seu confessor, P. Francesia, que acorreu imediatamente: “Apanhe o ritual e leia as orações da recomendação da alma”. No dia 5 fez a Comunhão, era a última de sua vida. O recolhimento e a devoção com que a recebeu impressionou a todos os presentes.16)

Faleceu na manhã da quarta-feira, dia 6 de abril de 1910, depois de algumas horas de agonia. O P. Albera anotou no seu diário: “Hoje é um dia semelhante ao dia 31 de janeiro de 18888: somos novamente órfãos!”.17) O funeral foi celebrado no sábado, com uma participação imensa de povo.

No dia seguinte escreveu ao P. Peretto: “Temos mais do que razões para chorar um superior tão bom e tão santo. Sua morte e seus funerais nos fizeram conhecer o grande tesouro que ele era e quanto perdemos com a sua morte...”. No Domingo, dia 1º de maio, comentou numa carta ao P.

Vespignani: “Era preciso esperar fatalmente esta perda, mas nós não nos tínhamos preparado a sofrê-la. Quanto mais formos para frente, mais sentiremos quanto nós perdemos”.

No dia 10 de junho, com o P. Felipe Rinaldi, Prefeito Geral dos Sale-sianos, foi recebido em audiência pelo Papa Pio X. Ele “lamentou

No dia 10 de junho, com o P. Felipe Rinaldi, Prefeito Geral dos Sale-sianos, foi recebido em audiência pelo Papa Pio X. Ele “lamentou

Nel documento PADRE PAULO ALBERA (pagine 85-95)