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Sede todos missionários! 5)

Nel documento PADRE PAULO ALBERA (pagine 186-189)

TEXTOS SELETOS DO P. PAULO ALBERA

5. Sede todos missionários! 5)

As missões eram o argumento predileto das falas de Dom Bosco, e sabia infundir nos corações um desejo tão vivo de sermos missionários que nos parecia a coisa mais natural do mundo. Quando o cônsul da República Argentina, em Savona, maravilhado por tudo o que vira no Oratório, pediu-lhe uma nstituição semelhante para a província de Buenos Aires, ele aceitou imediatamente o plano de fazer ouvir a palavra divina até mesmo na Patagônia e na Terra do Fogo.

Esse pensamento, falando humanamente, tinha sabor de grande teme-ridade, porque os missionários que antes tinham tentado penetrar naquelas vastas regiões quase inexploradas tinham sido barbaramente trucidados.

Todavia, para Dom Bosco, as missões deviam ser a segunda finalidade da sua Congregação e nada o detinha de abraçá-la em toda sua extensão.

Aprovado e encorajado altamente seu projeto por Sua Santidade Pio IX, Dom Bosco preparou a primeira expedição de alguns dos seus filhos, sob a guia do P. João Cagliero, para o dia 11 de novembro de 1875. Ele se privou

5 Da carta circular Os oratórios festivos – As missões – As vocações (31 de maio de 1913), em LC 121-124.

Textos seletos do P. Paulo Albera 185

dos melhores Salesianos; submeteu-se a apuros de todo tipo para preparar todo o necessário; traçou minuciosamente o itinerário e providenciou as mínimas coisas, inclusive materiais, daquela longa viagem.

Quem pode referir os cuidados e as solicitudes de Dom Bosco para esta primeira expedição, que deveria ser logo seguida por numerosas outras, sempre portadoras de um número maior de generosos apóstolos em meio às tribos selvagens? Quem poderia exprimir o contentamento do seu coração quando soube que chegaram ao destino em solo americano? E seu júbilo, quando viu seus filhos penetrarem nos Pampas e na Patagônia, e lançarem-se intrepidamente pela Terra do Fogo até a ponta extrema austral do estreito de Magalhães?

Quando viu a Patagônia Setentrional erigida em Vicariato Apostólico mediante a consagração do primeiro dos seus Bispos que ele tanto amava;

a Patagônia Meridional e a Terra do Fogo erigida em Prefeitura Apostólica;

e alguns daqueles pobres silvícolas, convertidos, prostrados a seus pés para testemunhar-lhe gratidão, ele provou tais delícias que ninguém neste mundo poderia expressar e que o consolaram abundantemente por todos os sofrimentos pelos quais teve que passar. (...)

Desde então as missões foram o coração do seu coração e parecia que vivesse somente para elas. Não que descuidasse as outras numerosas obras, mas a preferência era para os pobres patagões e os fueguinos. Falava deles com tamanho entusiasmo que ficávamos maravilhados e muito edificados ao constatar seu aceso ardor pelas almas.

Parecia que cada batimento do seu coração repetisse: Da mihi animas!

O fascínio da sua voz ao falar das missões fazia despertar imediatamente no coração dos filhos prodigiosas vocações ao apostolado, e os benfeitores não podiam deixar de colaborar eficazmente com generosas doações para essa obra da salvação das almas: Divinorum divinissimum est cooperari in salutem animarum [A coisa mais divina que pode existir é colaborar na salvação das almas], como disse o Areopagita.

Deus abençoou copiosamente sua ardente sede de almas ao conceder aos seus filhos, graças às suas orações, vastas e numerosas missões que produziram rapidamente frutos de santidade e de civilização.

Na visita às casas e às missões da América, realizada há dez anos, pude tocar com a mão a realidade do que estou dizendo. Depois das missões da Patagônia e da Terra do Fogo vieram as dos Bororo do Maro Grosso no Brasil, depois as dos Jívaro no Equador Oriental e ultimamente as novas e imensas missões da Índia e da China.

Este é o campo sem fim em que a nossa Congregação deve derramar,

junto com o sangue redentor de Jesus Cristo, os suores das fadigas apostó-licas e, se for preciso, como já aconteceu na Patagônia, também o sangue dos seus filhos.

Por isso, não será difícil, caríssimos irmãos, compreender a grave incum-bência que pesa sobre o vosso Reitor-Mor para fornecer essas missões de pessoal seguro e zeloso e de meios materiais. Aliás, as necessidades, tanto de pessoal quanto de meios, são cada vez mais prementes, de tal modo que eu sinto a necessidade de fazer apelo ao vosso coração, queridos irmãos, para conseguir ajuda.

Sim, partilhai comigo tão grande peso, tomando seriamente a peito as nossas missões, em primeiro lugar com a oração e depois com as obras. A oração, que é a potência de Deus nas nossas mãos, suba incessante para impetrar a graça da vocação ao apostolado missionário sobre nós e sobre os jovens confiados aos nossos cuidados. Rezemos intensamente com fé e afeto para esta finalidade, interpondo a mediação poderosa da nossa querida Mãe Auxiliadora e do nosso venerável Pai.

A oração, porém, não basta; convém unir também as obras. Estas podem consistir, antes do mais, em procurar enriquecer-vos com as virtudes do missionário, que devem ser uma piedade profunda e um grande espírito de sacrifício por toda a vida, não somente por alguns anos.

O inimigo das almas parece ter encontrado o modo de impedir o fruto do apostolado ao colocar no coração de alguns dos chamados para as missões mil dificuldades; mais ainda de apresentar as próprias missões sob o aspecto de uma viagem científica ou de lazer, ou então de uma prova:

se der certo, bem, do contrário volta-se para casa... Fatal ilusão que este-riliza na fonte o apostolado e cria um multidão de mercenários de almas!

Quando num coração se acendeu a chama do apostolado, jamais deveria apagar-se.

As vossas obras se estendam também a outros, quer falando sempre com entusiasmo das nossas missões, evitando repetir: pode-se ser missionário em toda parte (porque isto é absolutamente falso para os chamados ao apostolado entre os infiéis), seja descrevendo a beleza deste apostolado aos jovens dos nossos oratórios, seja economizando. a fim de guardar alguma coisa para as missões ou recolhendo a pequena contribuição dos nossos jovens ou a oferta generosa dos cooperadores.

Muitas casas se lamentam de não encontrar mais ofertas: a verdadeira razão talvez não esteja na falta de benfeitores, mas em ter pretendido fazer convergir todas as esmolas par as necessidades locais, sem mais preocu-par-se com as missões. Esses Diretores que se encontram nessa situação

Textos seletos do P. Paulo Albera 187

pensem um pouco e vejam como reanimar nos seus benfeitores a vontade de ajudar também as nossas missões, que constituem a maior glória da nossa Congregação.

Sim, trabalhai, bons irmãos, com estes e outros meios em favor das nossas missões, mas que o vosso trabalho mire particularmente suscitar entre os jovens confiados aos nossos cuidados, sinceras e sólidas vocações.

Nel documento PADRE PAULO ALBERA (pagine 186-189)