• Non ci sono risultati.

O oratório é a alma da nossa Pia Sociedade 4)

Nel documento PADRE PAULO ALBERA (pagine 183-186)

TEXTOS SELETOS DO P. PAULO ALBERA

4. O oratório é a alma da nossa Pia Sociedade 4)

Pela leitura dos primeiros volumes da vida do nosso venerável Pai, escrita com tão grande amor e escrupulosa exatidão pelo caríssimo P. Lemoyne, fica luminosamente evidente que a primeira dentre as obras de Dom Bosco, aliás, por muitos anos a única, foi o oratório festivo, o seu oratório festivo, tal como ele o tinha entrevisto no sonho misterioso aos nove anos e nos seguintes que, aos poucos, foram ilustrando a sua mente a respeito da obra confiada a ele pela Providência.

Jamais podemos esquecer, caríssimos irmãos, que o oratório festivo de Dom Bosco é uma nstituição toda sua, que se diferencia das demais obras similares, tanto pela finalidade a que tende, quanto pelos meios de que se serve.

Segundo Dom Bosco, o oratório não é para uma dada categoria de jovens, de preferência a outros, mas para todos indistintamente, dos sete anos para cima; não é requerido saber a situação da sua família ou exigir a apresentação do jovem por parte dos parentes: única condição para ser admitido é a de vir com boa vontade para divertir-se, instruir-se e cumprir junto com os outros os deveres religiosos.

Razões para afastar algum jovem do oratório não podem ser a viva-cidade de temperamento, alguma momentânea insubordinação, a falta de bons modos, nem qualquer outro defeito juvenil causado pela leviandade ou por natural teimosia; mas somente a insubordinação sistemática e contagiosa, a blasfêmia, as más conversas e o escândalo. Excetuando esses casos, a tolerância do superior deve ser ilimitada.

Todos os jovens, inclusive os mais abandonados e miseráveis, devem sentir que o oratório é para eles a casa paterna, o refúgio, a arca de salvação,

4 Da carta circular Os oratórios festivos – As missões – As vocações (31 de maio de 1913), em LC 111-113, 117-119.

o meio seguro de se tornarem melhores, sob a ção transformadora do afeto mais que paterno do Diretor.

“Estes jovens (escrevia Dom Bosco em 1843, precisamente quase no início da sua obra) têm verdadeiramente necessidade de uma mão benéfica que cuide deles para encaminhá-los para a virtude e afastá-los do vício. A dificuldade consiste em encontrar o modo de reuni-los, de poder falar a eles, de moralizá-los. Esta foi a missão do Filho de Deus: isto só pode ser feito pela santa religião. Esta religião, que é eterna e imortal em si, que foi e sempre será em todos os tempos a mestra dos homens, contém uma lei tão perfeita que sabe adaptar-se às vicissitudes dos tempos e à índole diversa de todos os homens. Entre os meios aptos a difundir o espírito de religião nos corações incultos e abandonados estão os oratórios festivos... Quando eu me entreguei a esta parte do sagrado ministério tive em mente consagrar todas as minhas canseiras à glória de Deus e para o bem das almas, de empenhar-me para os jovens se tornasse bons cidadãos aqui nesta terra e depois dignos habitantes do céu. Deus me ajude a poder continuar assim até o último respiro da minha vida”.

Deus o ajudou, não somente a perseverar até o último respiro da vida nessa sua aspiração apostólica, mas a perpetuá-la prodigiosamente em meio aos povos ao fazer brotar do seu coração magnânimo a Pia Sociedade Salesiana que, nascida no seu oratório e para o oratório, não pode viver e prosperar senão por meio dele.

Por isso, o oratório festivo de Dom Bosco, que se difunde sempre mais, reproduzindo-se em mil lugares e tempos diversos, mas sempre único em sua natureza, é a alma da nossa Pia Sociedade. Se formos verdadeiros filhos de tão grande Pai, devemos conservar esta herança preciosa e vital na sua genuína integridade e esplendor.

Em todos os lugares onde se encontram os filhos de Dom Bosco deve florescer o seu oratório, aberto a todos os jovens, para poder reuni-los, falar-lhes, moralizá-los e torná-los, não somente dignos cidadãos da terra, mas particularmente dignos habitantes do céu.

Embora a nossa Pia Sociedade se dedique a grande variedade de empreendimentos, convém que todas mirem a produzir o fruto precioso e natural da mesma Sociedade, que é o oratório festivo: fazendo diversa-mente, não merecemos ser considerados como verdadeiros filhos do Pai Dom Bosco. (...)

Um dia, o P. Rua dizia a um Salesiano que foi enviado a abrir um oratório festivo: “Lá não há nada, nem mesmo terreno e o local para reunir os jovens, mas o oratório festivo está dentro de você: se você é verdadeiro

Textos seletos do P. Paulo Albera 183

filho de Dom Bosco, encontrará onde plantá-lo e fazê-lo crescer como árvore magnífica carregados de belos frutos”. E assim foi, porque em poucos meses surgiu um belo e espaçoso oratório, repleto de centenas de jovens, onde os maiores se tornaram os apóstolos dos pequenos.

É claro que o oratório tem necessidade de pessoal e de subsídios, mas não são esses os fatores principais. Dai-me um Diretor repleto do espírito do nosso venerável Pai, sedento de almas, rico de boa vontade, ardente de afeto e de interesse pelos jovens, e o oratório florescerá maravilhosa-mente, mesmo faltando muita coisa. O próprio P. Rua, depois de acenar aos múltiplos e salutares frutos que se tinham colhido em vários oratórios, continua:

“Vós podereis crer que só se podem relatar êxitos tão grandes por parte de oratórios que possuem um local adequado, isto é, uma capela conveniente, um pátio bem amplo, um teatrinho, aparelhos de ginástica e numerosos e atraentes brinquedos. Certamente esses são meios muito eficazes para atrair muitos jovens aos oratórios e para que os bons princípios semeados em seus corações criem raízes profundas: todavia, devo dizer-vos com a mais viva alegria que em muitos lugares o zelo dos irmãos supriu a falta desses meios. Começaram-se oratórios do mesmo jeito que Dom Bosco começou no Refúgio: um ambiente qualquer ou uma paupérrima sala que servisse como capela, enquanto um pequeno espaço de terreno sem muros servia como pátio, e a todos parecia impossível continuar. No entanto, os jovens, atraídos pelos bons modos dos Salesianos, acorreram numerosos.

O interesse que lhes demonstravam, arrancou de seus lábios estas palavras:

em outros lugares encontraremos vastas salas, amplos pátios, belos jardins, jogos de todo tipo: mas nós preferimos vir aqui onde não há nada, porque sabemos que aqui nos querem bem”.

É mesmo assim: o afeto sincero do Diretor e dos seus ajudantes supre muitas coisas. Não pensemos ter feito o oratório como queria Dom Bosco, só por termos criado um parque de diversão onde se reúnem algumas centenas de jovens.

Por mais que se deseje que o oratório seja abundantemente fornecido de toda espécie de comodidades e de divertimentos com o fim de aumentar o número dos jovens, no entanto, tudo isto nunca deve ser separado das mais criativas solicitudes para torná-los bons e bem fundamentados na religião e na virtude.

Não se pense que, ao pregar, seja suficiente dizer a eles o que tendes na mente; preparem-se bem a instruções, as explicações do evangelho, até mesmo os catecismos; dizei-lhes coisas adaptadas às suas necessidades e da

forma mais interessante que for possível, para a santificação individual e para a restauração de todas as coisas em Jesus Cristo.

Quando um Diretor de oratório festivo tiver obtido como resultado que cada Domingo haja certo número de comunhões, pode estar certo de que o seu oratório não será mais frequentado somente por meninos, mas também por jovens muito afeiçoados que serão como o núcleo central das companhias religiosas, dos círculos e de todas as obras de aperfeiçoamento que devem ornar o oratório como os frutos ornam a planta, e dos quais se fala largamente no relatório a respeito dos oratórios e das escolas de religião; relatório que espero que cada Diretor tenha recebido e que relerá quando for necessário.

Se o estudo e a experiência vos sugerirem alguma modificação prática ou acréscimo, por favor, informai-me. Nesse relatório podereis encontrar um vasto repertório de tudo o que se pode fazer para atrair os adultos ao oratório. Não esqueçais, porém, que todas essas obras são somente um meio para alcançar a vitalidade do oratório, ao passo que a Sagrada Comunhão é a própria vida.

Nel documento PADRE PAULO ALBERA (pagine 183-186)